Foto: Sarah Stier/Getty Images
Kamilla Cardoso garantiu a melhor posição da história de um atleta brasileiro
em um draft americano das principais ligas de basquete. A jogadora de 22 anos
agora é atleta do Chicago Sky, após ser destaque do NCAA, principal torneio
universitário feminino dos Estados Unidos (EUA).
”Tinha o objetivo de vir aqui hoje (no Draft) e dar uma vida melhor à minha
família. Estou muito grata por elas estarem comigo” – afirmou a jogadora
emocionada após ser anunciada como a terceira escolha do draft para jogar a
WNBA, principal liga feminina de basquete dos EUA.
A brasileira de 2,01m de altura joga como pivô e atuava no South Carolina
Gamecocks, time da Universidade da Carolina do Sul, onde foi o principal
destaque da conquista invicta do título da liga feminina universitária em que
terminou como MVP. A final contra o Iowa Hawkeyes de Caitlin Clark, jogadora
de maior destaque da liga que quebrou recordes durante a temporada e foi a
primeira escolha do draft.
Kamilla garantiu com que o time chegasse a final da temporada após fazer a
primeira cesta de três pontos da carreira universitária no estouro do relógio na
semifinal da Conferência Sudeste da NCAA. Ela fez a diferença na campanha do
time durante toda a temporada e na final seguiu em quadra mesmo com o
joelho lesionado. A pivô registrou neste jogo contra o Iowa um duplo duplo com
17 rebotes, 15 pontos e três bloqueios, que fizeram com que ela fosse
escolhida como MVP do jogo. Esse é o segundo título da liga que a jogadora
conquista, em 2022, ela era reserva do time e foi escolhida como a melhor
sexta jogadora.
Kamilla Cardoso é de Montes Claros, Minas Gerais, e se mudou para o
Tennessee aos 14 anos para jogar basquete no ensino médio americano. Sem
saber falar inglês, a brasileira contou com a ajuda das companheiras de time e
da técnica Keisha Hunt, da Hamilton Heights Christian Academy. Já na
universidade ela jogou o primeiro ano pelo Syracuse e fez história ao se tornar
a primeira jogadora na história do programa a ganhar o prêmio de Caloura do
Ano da Atlantic Coast Conference (ACC). No ano seguinte se transferiu para a
Universidade da Carolina do Sul, onde conquistou dois NCAA.
Na seleção brasileira Kamilla também já tem uma lista de conquistas. Ela foi
uma das principais jogadoras no time que ganhou o ouro na AmeriCup de 2023
e no Sul-Americano de Basquete de 2022, além do bronze na AmeriCup de 2021.
A pivô é considerada uma das maiores esperanças da seleção feminina
de basquete para a próxima Olimpíada, já que, infelizmente, o basquete
feminino não se classificou para Paris 2024.
Quem já está animado para ver Kamilla Cardoso nas quadras da WNBA na próxima temporada?
Por: Julia Carvalho
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